(TRANSPLANTE HEPÁTICO)
A mãe do amigo do meu irmão esta precisando de um transplante de fígado com urgência, a família dele foi pega de surpresa, eu sei o quanto choca e preocupa ouvir de um dia pro outro que estamos precisando de um transplante de órgãos, então quero aproveitar esse espaço e falar um pouco sobre o Transplante de Fígado, não entendo muito a respeito, mas vou deixar aqui informações que adquiri.
A mãe do amigo do meu irmão esta precisando de um transplante de fígado com urgência, a família dele foi pega de surpresa, eu sei o quanto choca e preocupa ouvir de um dia pro outro que estamos precisando de um transplante de órgãos, então quero aproveitar esse espaço e falar um pouco sobre o Transplante de Fígado, não entendo muito a respeito, mas vou deixar aqui informações que adquiri.
Todo e qualquer transplante preocupa? Claro, até arrancar um dente preocupa, então não se sinta culpado(a) por ter medo, é só não cair em desespero, isso pode piorar sua situação física/emocional e você poderá sair da lista de transplante por não ter condições.
Vamos começar a aprender olhar o lado bom. Estamos em um dos países que conta com os profissionais cirúrgicos mais capacitados do mundo, o SUS apesar de ter falhas, cobre todo o tratamento e dá toda assistência que um transplantado precisa, disponibilizando os melhores hospitais para esse tipo de intervenção. As pesquisas na área estão avançando e com isso as técnicas de transplantes são aprimoradas.
O Fígado

Recebe o sangue venoso que vem em sua maior parte do trato gastrintestinal através de uma grande veia: a veia porta. Trabalhando como uma “usina” produtora e depuradora de diversas substâncias, o fígado é extremamente importante para manter o corpo saudável. Entre as suas funções, as mais importantes são:
– Receber os nutrientes e as substâncias absorvidas no intestino;
– Metabolizar diversos medicamentos;
– Neutralizar eventuais substâncias tóxicas que sejam ingeridas;
– Armazenar nutrientes e produzir substâncias importantes para o organismo, como a albumina, os fatores de coagulação e o colesterol;
– Ajudar a regular a concentração de glicose no sangue;
– Produzir a bile.
Doenças do Fígado
São várias as doenças que podem atingir o fígado. Os sintomas variam conforme a gravidade do paciente, mas alguns dos mais comuns são: icterícia (o amarelão), ascite (retenção de líquido no abdome), fadiga (cansaço), sangramento gastrointestinal, fraqueza muscular, urina escura, náuseas e vômitos, fezes esbranquiçadas e confusão mental. Dependendo dos danos causados ao órgão pela doença de base, podem ocorrer alterações na absorção de vitaminas e nutrientes, acúmulo de substâncias tóxicas no organismo e redução da produção de proteínas e outros fatores necessários
para a coagulação sangüínea.
Entre as principais doenças que podem atacar o fígado estão as hepatites. Podem ser viral (chamadas por letras: A,B,C,D,E), auto-imune ou causada pelo álcool ou medicamentos.
Outras doenças do fígado menos freqüentes são: doenças metabólicas, genéticas, infiltrativas, colangite esclerosante, cirrose biliar primária e atresia das vias biliares. Caso a alteração hepática seja muito grave, o transplante pode ser necessário. Outra freqüente indicação de transplante de fígado são os tumores hepáticos.
Quando é necessário um Transplante de Fígado?
Qualquer pessoa, criança ou adulto, cuja vida está seriamente comprometida por uma doença hepática grave e irreversível pode ser candidato ao transplante hepático, depois de esgotadas todas as demais alternativas de tratamento clínico e cirúrgico. O transplante de fígado é claramente justificado em doenças hepáticas que apresentam grave comprometimento à saúde do paciente e redução da expectativa de vida. Para indicar o transplante de fígado seguimos as normas do Ministério da Saúde. Entretanto, pessoas que sofrem de doenças sistêmicas que coloquem a sua vida em risco, como: infecções, doenças cardiovasculares ou pulmonares pré-existentes, metástases de tumores malignos e hipotensão arterial resistente ao tratamento não podem realizar o transplante de fígado.
O processo da doação de órgãos
A notificação de pacientes potenciais doadores de órgãos e tecidos em estado de Morte Encefálica por todos os hospitais é obrigatória pela Lei. Mesmo assim a desproporção crescente do número de pacientes que necessitam de um transplante versus o número de doadores é um fato inquestionável. Dentre os fatores limitantes, está a não notificação de pacientes com diagnóstico de morte encefálica às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos. Apesar de sua obrigatoriedade prevista em lei, a falta de política de educação continuada aos profissionais da saúde quanto ao processo de doação-transplante, além da recusa familiar, são entraves importantes à captação de órgãos.
Após o diagnóstico de morte encefálica a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos. Esta conversa pode ser realizada pelo próprio médico do paciente, pelo médico da UTI ou pelos membros da equipe de captação, que prestam todas as informações que a família necessitar. Para ser doador é muito simples, basta avisar sua família sobre seu desejo de ser doador.
O que é o transplante de Fígado?
Cirurgia que consiste na retirada do fígado doente de um paciente portador de uma doença hepática crônica ou aguda para colocar, no mesmo lugar, um fígado doado pela família de alguém com morte encefálica, ou parte do fígado de um doador vivo, doado por um familiar.
Como é o Transplante de Fígado?
O procedimento consiste em três etapas:
– Retirada do fígado do receptor;
– Retirada do fígado do doador;
– Implante do fígado do doador no receptor.
A retirada do fígado do receptor é uma das partes mais delicadas da cirurgia. O fígado é responsável por determinados componentes da coagulação sangüínea, portanto pessoas com doenças hepáticas não coagulam bem o sangue, o que aumenta o risco de sangramentos, principalmente durante a cirurgia.
A doença hepática causa “hipertensão portal”, devido ao excesso de sangue que “tenta ser filtrado” pelo fígado fazendo com que haja dilatação dos vasos sanguíneos intra-abdominais. Isso torna a técnica cirúrgica mais difícil.
Preparação para a cirurgia
A fase pré-operatória do paciente inclui uma cuidadosa avaliação do funcionamento de outros sistemas fisiológicos importantes, como o cardiovascular, o neurológico, o respiratório e o renal. O preparo e acompanhamento psicológico dos pacientes e seus familiares são fundamentais para a adequada compreensão e aceitação do procedimento, assim como em sua adesão ao programa de transplante que, uma vez iniciado, se estende por toda a sua vida.
A cirurgia
É importante saber, desde já, que mesmo após a sua internação o transplante poderá ser cancelado, geralmente por problemas com o doador.
O transplante de fígado é uma cirurgia de grande porte, realizado sob anestesia geral, onde você estará dormindo e sem sentir qualquer dor. A cirurgia pode durar de sete a 20 horas, dependendo do grau de dificuldade. Após o término da operação, você será encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Pós-transplante
Após a cirurgia, o tempo médio de permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de uma a duas semanas. Isso, claro, depende da evolução do quadro clínico do paciente. É na UTI que o paciente será constantemente monitorado (pressão arterial, balanço de líquidos, batimentos cardíacos, respiração etc) e assistido pela equipe médica. Em geral, já no terceiro dia o paciente é capaz de se alimentar por via oral, uma vez retirado o tubo oro-traqueal que o auxilia a respirar através de aparelhos. Na UTI pode ser necessária a realização de vários exames de sangue, raios X, ultra-som e até tomografia. Deverá ficar com vários tubos e sondas, como, por exemplo, sonda
urinária, drenos no abdômen, que serão retirados conforme a evolução clínica. Após a estabilização do quadro clínico o paciente é transferido para o apartamento onde permanecerá sendo acompanhado pela equipe de transplante.
Alta hospitalar
Uma vez em casa, é preciso marcar consultas semanais com o seu médico e realizar exames periódicos. No primeiro mês, são necessários exames de sangue duas ou três vezes por semana. No segundo mês, essa freqüência passa a ser semanal, quinzenal no terceiro mês e mensal até completar um ano.
A principal preocupação da equipe médica é com o funcionamento do fígado, rejeição e as possíveis infecções. Para isso, são feitos exames clínicos, testes de função hepática, ultra-sonografia abdominal, exames hematológicos, exames bacteriológicos, acompanhamento das concentrações sangüíneas dos imunossupressores (dependo do medicamento) e, quando preciso, biópsia hepática.
Dica:
O Hospital A. Einstein disponibiliza o protocolo do transplantes, quem quiser saber o antes/durante/depois do transplante hepático, é interessante ler: Protocolo do Transplante Hepatico.
Peço a todos os visitantes desse blog que orem pela mãe do amigo do meu irmão e sua família, para tudo dê certo 🙂
Um abraço carinhoso para todos, muita força e fé.