Sem categoria, Todos

Noticia: Pesquisa sobre frequência de Diálise

Dois dias sem diálise elevam risco de morte, diz pesquisa
(Mariana Versolato)

Um grande estudo publicado nesta semana questiona o modelo clássico de hemodiálise, que tem sido usado há mais de três décadas, e afirma que as três sessões semanais do tratamento não são suficientes.
Segundo pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos EUA, o período de dois dias sem hemodiálise, geralmente no fim de semana, aumenta em 22% o risco de morte, por causa do acúmulo de líquido e de toxinas.

Além disso, o número de hospitalizações por causa de derrames e problemas cardíacos mais que dobra no dia seguinte após essa pausa.

Em geral, os pacientes com doença renal crônica fazem hemodiálise de segunda, quarta e sexta ou de terça, quinta e sábado.

Especialistas dizem que o estudo, que envolveu 32 mil pacientes e foi publicado no “New England Journal of Medicine”, confirma o que eles veem nos ambulatórios.

“O dia mais delicado é após o fim de semana. Acontecem mais mortes súbitas e edemas de pulmão”, afirma Paulo Ayroza Galvão, cocoordenador do núcleo de nefrologia do Hospital Sírio-Libanês.

SOLUÇÃO
No Hospital das Clínicas da USP, cerca de 20 pessoas já fazem a hemodiálise diariamente, com bons resultados.

“Nossa experiência bate com o resultado do estudo. Todos tiveram melhor qualidade de vida”, diz Hugo Abensur, professor da USP e responsável pela hemodiálise do Hospital das Clínicas.

Essa melhora acontece porque o paciente acumula menos líquido e toxinas entre um dia e outro e sai menos debilitado da sessão. A hemodiálise diária, no entanto, pode ser mais aplicável para pacientes com maior risco de complicações.

“Não digo que a solução seja a diária. Pode ser que uns precisem de quatro, outros de cinco sessões por semana.”

MUDANÇA
Para Daniel Rinaldi, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, o modelo atual vai ter de ser revisto.

“Sabemos que o paciente que faz diálise todo dia se sente melhor, e que o esquema que oferecemos talvez não seja o mais adequado.”

O problema, diz Rinaldi, é que a diálise no Brasil já enfrenta uma crise: há poucas clínicas, muitas delas, sucateadas, o custo do tratamento está defasado e há demora no repasse do governo.

“O serviço está inadequado, mas aumentar as sessões pode se tornar inviável por falta de estrutura financeira e física. De toda forma, é obrigação nossa dar o melhor tratamento ao paciente.”

Fonte: Folha de São Paulo

Sem categoria, Todos

Novidades…

Em um post anterior (Minha Esperança) eu publiquei um video que achei na internet sobre uma empresa que esta tentando imprimir orgãos humanos e como prometi, fui buscar mais informações e achei na Revista Galileu deste mês uma matéria a respeito, eu enviei um e-mail pedindo autorização para publicar a materia aqui, mas não responderam, então vou deixar publicada, se caso eles solicitarem eu retiro, pois é uma excelente informação para nós que estamos a espera de um transplante renal (e de outros orgãos tambem). Segue a materia abaixo:


REVISTA GALILEU – Edição 237 – Abril 2011


Fábrica de órgãos

Está mais próximo o dia em que você poderá pedir rim, bexiga e veias sob encomenda ou imprimi-los em 3D. Conheça as tecnologias que prometem uma revolução industrial dos transplantes
por Felipe Pontes


No último dia três de março, o pesquisador do Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, Anthony Atala, deu uma das palestras de maior repercussão da edição de 2011 do TED — conferência anual na Califórnia que reúne pensadores para apresentar suas melhores ideias em palestras de 15 minutos. No palco, Atala segurou nas mãos o molde de um rim impresso no dia anterior. O processo levou sete horas e usou células humanas e materiais biológicos que são inseridos no cartucho de uma impressora 3D. Em casos assim, o paciente teria o corpo escaneado para que se identificasse o formato exato do órgão a ser reproduzido. Ainda em desenvolvimento — por enquanto é possível imprimir apenas a carcaça do órgão, mas não sua parte interna —, o método sinaliza o início de uma espécie de revolução industrial dos transplantes. Uma era em que pode ser possível produzir órgãos em larga escala e até sob encomenda. “Queremos resolver o problema das longas filas de espera pelos transplantes”, afirmou Atala em entrevista à galileu. No Brasil, elas duram, em média, quatro anos. E 70% das cirurgias são para ganhar um novo rim.

As tecnologias emergentes que mais apontam para a produção em massa de órgãos e tecidos a partir de materiais biológicos são novíssimas impressoras 3D. Usando células do próprio paciente em vez de tinta, espera-se que a precisão robótica destas máquinas imprima estruturas de órgãos para transplantes. No ano passado, a start-up de biotecnologia norte-americana Organovo lançou a primeira máquina comercial para imprimir tecido humano. Fabricada para pesquisas desenvolvidas em laboratórios universitários, custa cerca de US$ 250 mil e produz vasos sanguíneos. A máquina já imprimiu estruturas de órgãos implantados em animais. “Chegaremos ao ponto de fabricar órgãos prontos para serem transplantados em pessoas”, afirmou à galileu o cientista húngaro Gabor Forgacs, um dos fundadores da Organovo e inventor do protótipo da impressora.

DAS MÃOS ÀS MÁQUINAS
Anthony Atala é um pioneiro da fabricação de órgãos. Quatro dias após sua palestra no TED, ele, que é urologista pediátrico, publicou em um dos mais importantes periódicos científicos do mundo, The Lancet, o resultado de um estudo que acompanhou cinco mexicanos de 10 a 14 anos após receberem, em 2004, transplante de uretras criadas em seu laboratório. Os órgãos funcionaram normalmente ao longo dos seis anos de monitoramento. Em 1998, sua equipe já havia criado e implantado bexigas em nove crianças, tornando-se a primeira a transplantar em pessoas órgãos feitos em laboratório.

CÉLULAS EM VEZ DE TINTA
Como funciona a impressão de veias da organovo

(clique na Imagem para ampliar)
(clique na Imagem para ampliar)


Atualmente, Atala e sua equipe desenvolvem e testam mais de 30 tipos de tecidos e órgãos, entre eles pele, rins, pâncreas, fígado e válvulas cardíacas. O cientista leva cerca de seis semanas para fabricar um órgão oco e relativamente simples como uma bexiga. O processo começa com a coleta de um pedaço de tecido, menor que a metade de um selo postal, da bexiga do paciente. Depois, as células são cultivadas em laboratório e colocadas dentro e fora de uma carcaça feita à base de colágeno. Assim, elas se espalham e se organizam por conta própria. Na última etapa, o órgão “semeado” é colocado em uma espécie de forno que simula as condições de um corpo humano, com 370 C de temperatura e 95% de oxigênio. Por utilizar células do paciente, o procedimento diminui muito as chances de rejeição.

Em outubro do ano passado, pesquisadores do mesmo instituto desenvolveram uma miniatura funcional de um fígado humano. Os cientistas retiraram o órgão de um animal morto. O fígado foi lavado com um detergente neutro para remover todas as células, deixando apenas o esqueleto de colágeno do órgão original. Feito isso, células humanas foram inseridas no suporte natural. Após uma semana dentro de uma máquina bombeada por nutrientes e oxigênio, o tecido de fígado humano começou a ser formado. Até agora, órgãos produzidos por este processo não foram colocados em pessoas. Mas é assim que Atala pretende fazer o primeiro transplante de rim de laboratório. O método também pode reutilizar órgãos humanos.

(clique na Imagem para ampliar)
(clique na Imagem para ampliar)

PEÇA COM ANTECEDÊNCIA
Além da redução das filas para transplantes, a produção de órgãos em escala traria a diminuição de custos. Um procedimento como o dos garotos que receberam as uretras criadas no laboratório de Atala sai por cerca de US$ 5 mil (e não está disponível para o público). “O interesse comercial nestas tecnologias deve estimular sua industrialização e reduzir preços”, diz Atala. Ainda assim, a fabricação não será instantânea. O ideal, então, poderá ser a encomenda antecipada. “Se sua família tiver um histórico de problemas cardíacos, poderemos produzir vasos sanguíneos e guardá-los para o dia em que você precisar deles”, diz Forgacs, da Organovo. Com fabricação em massa e sob encomenda, você poderá comprar uma bexiga ou fígado novo quando os seus falharem. Quem sabe até parcelar no cartão.

Sem categoria, Todos

Minha esperança…

A minha esperança esta sempre voltada ao avanço da medicina, é nela que eu aposto a melhora da minha vida, é confiando nos profissionais da saúde que vou buscando forças para continuar essa batalha. Uma das minhas maiores esperanças é explicada detalhadamente no vídeo abaixo. Aconselho todos a assistirem, tem opção de legenda em português.

http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf

Esse video foi feito em 2009, já estamos em 2011, eu não sei como anda essa pesquisa, mas vou atras para saber.