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Anemia na Insuficiência Renal

A anemia é freqüentemente observada em pacientes com insuficiência renal crônica, sendo responsável por grande parte das queixas desses pacientes. A anemia, quando não tratada, está associada a diversas complicações, dentre elas, as doenças cardíacas. O coração do paciente com anemia tem que “trabalhar” mais, e esse excesso de trabalho pode levar ao desenvolvimento ou à piora das doenças cardíacas. Informe-se! com seu médico sobre essas possiveis complicações. Outras complicações, tais como atraso no crescimento em crianças, disfunções sexuais, diminuição da capacidade de realizar exercícios, diminuição da defesa do organismo (imunidade), estão também associadas à presença de anemia. Desse modo, se você estiver sentindo cansaço aos esforços, indisposição, fraqueza ou tontura, comunique seu médico.

Qual a relação entre o rim e a anemia?
O rim produz um hormônio chamado eritropoetina (EPO), que estimula a produção de glóbulos vermelhos do sangue. O mau funcionamento dos rins diminui a formação desse hormônio, causando anemia.  Para que os glóbulos vermelhos sejam formados corretamente, outros elementos, tais como vitamina B, ácido fólico e principalmente o ferro, devem estar presentes em quantidades corretas, pois são a “matéria-prima” para a “construção” do sangue. Além disso, existem outros fatores que contribuem para o aparecimento ou piora da anemia, tais como perda de sangue, infecção, hiperparatiroidismo e diálise inadequada, entre outros. Avise seu médico sempre que tiver qualquer perda de sangue nas fezes, na diálise ou quando menstruar. É importante que você e seus familiares saibam que a diminuição de eritropoetina e de ferro é a principal responsável pela anemia de quem faz diálise.

Quando tratar a anemia?
A anemia é detectada quando os níveis de hemoglobina e hematócrito estão baixos. Esses exames são realizados obrigatoriamente nas Unidades de Diálise todos os meses. Os pacientes em diálise devem manter a hemoglobina entre 11 e 12 g/dl; e o hematócrito entre 33% e 36%. Pacientes com níveis inferiores a esses devem ser tratados. Entretanto, é importante lembrar que alguns pacientes não apresentam anemia e, portanto, não precisam de tratamento. Procure acompanhar os resultados de seus exames, assim você poderá entender e participar ativamente do seu tratamento.

Como tratar a anemia?
O tratamento da anemia deve ser feito com a reposição de eritropoetina, ferro, complexo B e ácido fólico. Sua participação é fundamental para o sucesso do tratamento. A dispensação de eritropoetina e do ferro endovenoso é rigorosamente controlada pela Secretaria da Saúde. Cada região do país tem um processo para liberar esses medicamentos aos pacientes com indicação de usá-los. O processo de liberação tem validade de apenas três meses, por isso, deve ser sempre renovado pelo médico responsável por sua diálise. Procure informações na sua Unidade de Diálise sobre como e onde receber essas medicações. A reposição de eritropoetina, na maioria das vezes, é feita por via subcutânea, conforme a prescrição do médico. Em algumas situações especiais esse medicamento pode ser administrado por via endovenosa (na veia).  Existem atualmente no Brasil dois tipos de eritropoetina. Você deve ter muito cuidado com o armazenamento dessas medicações, pois uma delas deve ser conservada em geladeira. E não esqueça que para levar essa eritropoetina de casa para a Diálise, você deverá colocá-la em um isopor com gelo. Se necessário, tire suas dúvidas com o seu médico ou com a enfermeira. Em pacientes que fazem hemodiálise, a necessidade de reposição de ferro é geralmente grande, devendo ser feita preferencialmente por via endovenosa. A utilização de comprimidos de ferro não é indicada, pois tomar muitos desses comprimidos pode causar irritação no estômago (gastrite) e obstipação intestinal. Nos pacientes em diálise peritoneal (CAPD ou APD), a necessidade de ferro é menor e, eventualmente, eles podem se beneficiar do uso de comprimidos de ferro. Não fique surpreso ou preocupado se seu médico suspender ou diminuir a dose de eritropoetina temporariamente. Quando a hemoglobina e o hematócrito estiverem acima do recomendado, alguns problemas, como trombose de fístula, piora da eficiência da diálise e hipertensão, podem ocorrer.  O uso do ferro também pode ser suspenso quando a reserva do ferro no organismo estiver alta. Além disso, sugere-se suspender o ferro na presença de infecção. O complexo B e o ácido fólico devem ser tomados diariamente. Além de serem importantes para a produção de sangue, essas vitaminas também ajudam a evitar doenças do coração. Lembre-se de tomá-las. Como você viu, várias complicações da insuficiência renal estão associadas à presença da anemia. Mas agora você sabe que existe um tratamento eficiente e como sua participação é importante. Tratando corretamente a anemia você sentirá maior disposição para o trabalho e estudos, para caminhar ou mesmo fazer exercícios. Você terá também diálises mais tranqüilas e com isso comerá e dormirá melhor. Não esqueça: o tratamento correto da anemia melhora muito a sua qualidade de vida.

Fonte da informação: http://www.inteligentesite.com.br

Nota Pessoal:

Em algumas clinicas, a eritropoetina e outros medicamentos de alto custo são armazenados na própria clinica, não existindo a necessidade do paciente transportar a medicação para clinica, o que facilita e garante a qualidade do medicamento, pois devem ser mantidos em temperatura  e ambientes adequados e às vezes no transporte casa/clinica o remédio pode perder a qualidade por ser mal armazenado.

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O que causa a IRC?

Existem tantas coisas que fazem perder a função renal, que quando eu penso que já descobri todas as causas, eu me assusto pois descubro mais uma. Vou fazer uma sequencia de topicos explicando as principais delas, e quanto mais eu for descobrindo, mais informação eu vou adicionando, então esse topico aqui será atualizado sempre que eu descobrir mais alguma causa.
As causas mais conhecidas são: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Glomuronefrites e Rins Policisticos, mas existem muitas, muitas e muitas causas. Além das doenças você pode perder seus rins por traumas (acidentes).
Abaixo deixo os links para os textos explicando cada uma delas:

Diabetes Mellitus
Hipertensão Arterial
Rins Policisticos
Glomerulonefrite
Lúpus Eritematoso Sistêmico – (Glomerulonefrite)
Nefropatia por IgA – (Glomerulonefrite)
Nefropatia Membranosa – (Glomerulonefrite)
Nefrite Intersticial – (Glomerulonefrite)
Nefropatia por Analgésicos
Nefropatia por Refluxo
Nefrocalcionose
Amiloidose
Sindrome de Alport

Se alguem perdeu os rins por alguma causa que não está listada aqui, por favor me informe para que esse topico fico o mais completo possivel, é importante para informar e ajudar até a prevenir as pessoas.

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Sindrome de Alport

Nomes alternativos:
Hematúria – nefropatia – surdez, nefrite hemorrágica familiar, nefropatia e surdez hereditárias, nefrite hereditária

Definição:

Distúrbio hereditário (geralmente associado ao cromossomo X) envolvendo lesão nos rins, sangue na urina e, em algumas famílias, perda de audição. O distúrbio também pode incluir perda de visão.

Causas, incidência e fatores de risco:
A síndrome de Alport é muito semelhante à nefrite hereditária e pode estar associada à presença de surdez nervosa e anomalias oculares congênitas. A causa desse distúrbio é uma mutação em um gene de colágeno. O distúrbio é raro, afetando cerca de 2 em cada 10.000 pessoas.

O distúrbio é geralmente brando em mulheres, com sintomas mínimos ou sintoma nenhum. As mulheres podem transmitir o gene do distúrbio a seus filhos mesmo sem apresentar sintomas. Nos homens esses sintomas são mais graves e progridem mais rápido.

O distúrbio causa glomerulonefrite crônica com a destruição dos glomérulos, e sem sintomas aparentes no início. A destruição progressiva dos glomérulos provoca o aparecimento de sangue na urina e diminui a eficiência do sistema de filtragem dos rins. Ocorre perda progressiva da função renal e acúmulo de líquidos e resíduos no organismo, com eventual progressão do quadro para doença renal em estágio terminal (do rim) em idade precoce. O estágio terminal de doença renal causado pela síndrome de Alport freqüentemente se desenvolve entre a adolescência e os 40 anos.

Os fatores de risco incluem histórico familiar de síndrome de Alport, nefrite, doença renal em estágio terminal em parentes do sexo masculino, perda de audição antes dos 30 anos, urina com sangue, glomerulonefrite e problemas semelhantes.

Sintomas:
    * cor da urina anormal
    * sangue na urina
    * perda de audição, mais comum em pacientes masculinos
    * diminuição ou perda de visão, mais comum em pacientes masculinos
    * tosse
    * inchaço nas pernas, pés e tornozelos
    * inchaço generalizado
    * inchaço ao redor dos olhos

Obs.: Pode não haver sintomas em alguns casos. Sintomas de insuficiência renal crônica ou de insuficiência cardíaca podem estar presentes ou se desenvolver.

Sinais e exames:

Os exames não são específicos, exceto para sangue na urina. Minúsculas quantidades de sangue (hematúria microscópica) estão presentes desde o nascimento em quase todos os homens afetados. A pressão sangüínea pode estar alta. O exame dos olhos pode revelar alterações do fundo (parte interna posterior do olho) ou do cristalino, catarata ou protrusão do cristalino (lenticone). O exame dos ouvidos mostra que não há alterações estruturais.

    * a urinálise mostra sangue, proteína e outras anomalias
    * o BUN e a creatinina são elevados
    * a contagem de glóbulos vermelhos, o hematócrito pode diminuir
    * o teste de hematúria é positivo
    * a audiometria pode mostrar surdez nervosa
    * a biópsia renal mostra glomerulonefrite crônica com as alterações clássicas da síndrome de Alport

Tratamento:
Os objetivos do tratamento incluem a monitorização e o controle da progressão da doença e o tratamento dos sintomas. A tarefa mais importante é o controle rigoroso da pressão sangüínea alta.

Será necessário tratar a insuficiência renal crônica, que pode incluir modificações na dieta alimentar, restrição de líquidos e outros procedimentos. Enfim, a insuficiência renal crônica evolui para a doença renal em estágio final exigindo diálise ou transplante.

O reparo da catarata (extração de catarata) pode ser possível com cirurgia, assim como a cirurgia do lenticone anterior.

A perda de audição pode ser permanente. O aconselhamento e a aprendizagem de habilidades próprias para lidar com este problema, como a leitura de lábios e a linguagem de sinais, podem ser benéficos, bem como o uso de aparelhos de surdez. Os homens jovens com síndrome de Alport devem utilizar protetores de ouvido em ambientes com altos níveis de ruído.

Recomenda-se o aconselhamento genético por causa do padrão hereditário do distúrbio.

Expectativas (prognóstico):

No geral, as mulheres têm vida normal sem nenhuma manifestação, exceto pelo sangue na urina. Raramente as mulheres apresentam hipertensão, edema e surdez nervosa como complicações da gestação.

Nos homens há probabilidade de ocorrerem surdez, dificuldades visuais e insuficiência renal em torno dos 50 anos de idade.

Complicações:

    * insuficiência renal crônica

    * doença renal em estágio final
    * surdez permanente
    * diminuição ou perda de visão

Solicitação de assistência médica:
Marque uma consulta com seu médico se aparecerem sintomas que sugerem a síndrome de Alport ou se houver história familiar do distúrbio e planos de ter filhos.
Solicite assistência médica se a produção de urina diminuir ou cessar (isto pode ser um sintoma de insuficiência renal crônica).

Prevenção:
Este distúrbio incomum é hereditário. O conhecimento dos fatores de risco, como o histórico familiar do problema, pode permitir que a condição seja detectada precocemente.

Fonte da informação: http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/

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Amiloidose

Definição:
Distúrbio de causa desconhecida, no qual as proteínas e as fibras insolúveis depositam-se nos tecidos e órgãos, prejudicando suas funções.

Causas, incidência e fatores de risco:

A causa da amiloidose primária é desconhecida. Os sintomas estão relacionados aos órgãos que se tornam afetados com os depósitos. Eles ocorrem nos seguintes órgãos: língua, intestinos, músculos lisos e esqueléticos, nervos, pele, ligamentos, coração, fígado, baço e rins. Esta doença pode ocasionar uma cardiomiopatia, insuficiência renal, síndrome do túnel do carpo, má absorção (absorção inadequada de nutrientes pelo trato intestinal), refluxo gastrointestinal e outras condições. Os depósitos infiltram-se nos órgãos, fazendo com que eles percam a elasticidade e tornem-se rígidos, resultando em barreiras para a absorção e difusão dos metabólitos. A amiloidose secundária pode ocorrer resultante de uma infecção ou doença inflamatória existente.

Os fatores de risco não foram identificados.

Sintomas:
    * fadiga
    * entorpecimento da mão e pés
    * falta de firmeza na mão
    * perda de peso
    * falta de ar
    * inchaço das extremidades
    * dificuldade de deglutição
    * freqüência cardíaca irregular
    * sangramento na pele
    * língua aumentada

Sintomas adicionais que podem estar associados a esta doença:
    * roncos e sibilos
    * fraqueza
    * diminuição na produção de urina
    * outros problemas da língua
    * fezes esbranquiçadas
    * erupções
    * contrações musculares
    * dor articular
    * rouquidão ou mudança de voz

Sinais e exames:
O exame físico pode mostrar um baço ou fígado dilatado. Pode haver sinais de insuficiência cardíaca.

Se houver suspeita de dano a um órgão específico, pode ser realizado um exame para confirmar a amiloidose daquele órgão.

    * biópsia de um tecido ou órgão é positiva para a amiloidose. Uma biópsia da pele que inclui a gordura subcutânea, uma biópsia da mucosa retal, ou uma biópsia de medula óssea são seguras e provavelmente ajudam a confirmar o diagnóstico;
    * avaliação cardíaca pode revelar arritmias, sons cardíacos anormais ou sinais de insuficiência cardíaca
          – ECG mostra anormalidades
          – ecocardiograma mostra um movimento deficiente da parede em razão de rigidez do músculo cardíaco (cardiomiopatia)
    * avaliação renal pode revelar insuficiência renal ou uma síndrome nefrótica
          – o exame de urina tipo 1 mostra proteínas, cilindros ou corpos de gordura
          – creatinina sérica está elevada
          – BUN está elevado
    * ultra-som abdominal pode revelar um fígado ou baço dilatado
    * avaliação para a síndrome do túnel do carpo pode revelar envolvimento do nervo
          – velocidade de condução nervosa mostra um bloqueio de condução
          – há falta de firmeza nas mãos em razão da fraqueza do polegar

Esta doença também pode alterar os resultados dos seguintes exames:
    * biópsia da língua
    * biópsia retal
    * biópsia nervosa
    * biópsia miocárdica
    * biópsia gengival
    * biópsia do túnel do carpo
    * biópsia do tecido adiposo da parede abdominal
    * níveis de ACE
    * proteína de Bence-Jones (quantitativa)
    * imunoeletroforese sérica
    * imunoglobulinas quantitativas (nefelometria)
    * proteína na urina

Tratamento:
Não existe tratamento específico para esta doença. A insuficiência cardíaca, e a insuficiência renal, e outros problemas são tratados de acordo com a necessidade.

Expectativas (prognóstico):

A gravidade da doença depende dos órgãos afetados. O envolvimento do coração e rim pode levar a um insuficiência destes órgãos e morte. O envolvimento sistêmico está associado à morte em um período de 1 a 3 anos.
Complicações:
    * insuficiência cardíaca
    * insuficiência renal
    * insuficiência endócrina (distúrbio hormonal)
    * insuficiência respiratória

Solicitação de assistência médica:
Marque uma consulta com seu médico se surgirem sintomas de amilóidose primária e se houver dificuldade respiratória, inchaço persistente dos tornozelos ou outras áreas, diminuição da produção de urina ou outros sintomas que possam indicar que surgiram complicações.

Prevenção:
Não existe método de prevenção conhecido.

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Nefrocalcinose

Definição:
Distúrbio do rim que envolve depósitos de cálcio e oxalato ou fosfato nos túbulos renais e interstícios (áreas entre os túbulos); isto pode provocar a redução das funções renais.
Causas, incidência e fatores de risco:

A nefrocalcinose é causada por diversas condições. Entre elas:
    * excesso de excreção de cálcio pelo rim
    * acidose tubular renal
    * espongose medular renal
    * hipercalcemia (níveis altos de cálcio no sangue)
    * necrose renal cortical
    * tuberculose

Fragmentos de oxalato de cálcio ou de fosfato de cálcio podem se desprender do rim e fornecer núcleos para a formação de cálculos (nefrolitíase).

O distúrbio pode eventualmente resultar em uropatia obstrutiva aguda, ou em uma uropatia obstrutiva crônica que eventualmente pode progredir para insuficiência renal. O distúrbio é descoberto quando aparecem os sintomas da insuficiência renal, uropatia obstrutiva ou cálculos do trato urinário.

A nefrocalcinose é relativamente comum em bebês prematuros, em parte pela perda intrínseca de cálcio e em parte pelo aumento da excreção de cálcio quando da administração de diuréticos.

Sintomas:
Inicialmente não há sintomas. Os sintomas associados com os distúrbios podem incluir:

    * aumento do volume de urina ou baixa produção de urina
    * dificuldade para urinar (dificuldade para iniciar a micção)
    * gotejamento da incontinência urinária
    * diminuição da força do jato urinário, jato curto ou fraco
    * aumento da freqüência ou urgência urinária
    * necessidade de urinar durante a noite (noctúria)
    * micção dolorosa (ardor ou pontadas durante a micção)
    * sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
    * sangue na urina
    * dor no flanco ou dor nas costas
          – em um ou em ambos os lados
          – pode ser progressiva
          – severa
          – espasmódica (cólicas)
          – pode irradiar-se ou mover-se para a parte inferior do flanco, pélvis, virilha e genitais
    * náuseas, vômitos
    * inchaço geral , retenção de líquidos
    * diminuição da sensibilidade, especialmente nas mãos e pés
    * alterações do estado mental
          – sonolência, letargia, difícil despertar
          – delírio ou confusão
          – coma
    * convulsões
    * sangue no vômito ou nas fezes
    * tendência a hematomas ou sangramentos

Sinais e exames:
Um exame não é específico para a nefrocalcinose, mas pode indicar distúrbios que ocorrem em decorrência da nefrocalcinose. Podem haver sinais de sobrecarga de líquidos, tais como sons cardíacos e pulmonares anormais se a função renal estiver deficiente.

    * filme abdominal mostra calcificação renal
    * tomografia computadorizada abdominal mostra nefrocalcinose
    * outros exames devem ser feitos para diagnosticar e determinar a extensão dos distúrbios associados.

Tratamento:
O objetivo do tratamento é reduzir os sintomas. A causa do distúrbio precisa ser tratada. Se a causa for acidose tubular renal tipo 1, não se deve administrar vitamina D ou cálcio na dieta para corrigir os distúrbios ósseos, uma vez que isto irá piorar a nefrocalcinose. Os medicamentos que aumentam a excreção de cálcio devem ser descontinuados. (CONSULTE SEU MÉDICO PRIMEIRO!)

As condições resultantes do distúrbio devem ser tratadas da maneira usual.

Expectativas (prognósticos):
O resultado do tratamento varia, dependendo da extensão das complicações e da causa do distúrbio.

Complicações:
    * insuficiência renal aguda
    * insuficiência renal crônica
    * cálculos renais
    * uropatia obstrutiva (aguda ou crônica, unilateral ou bilateral)

Solicitação de assistência médica:

Marque uma consulta com seu médico se aparecerem sintomas que sugerem distúrbios associados com a nefrocalcinose.
Os sintomas de emergência são: repentina diminuição da produção de urina, convulsões, vomitar sangue, sangue nas fezes e consciência reduzida.

Prevenção:
O tratamento dos distúrbios causadores, incluindo acidose tubular renal, pode ajudar a prevenir a nefrocalcinose. 

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Nefropatia de Refluxo

Nomes alternativos:
Pielonefrite atrófica crônica, nefropatia – refluxo, refluxo do ureter, refluxo vesicoureteral

Definição:
Condição na qual ocorre dano nas estruturas internas dos rins, em decorrência do fluxo retrógrado de urina para o rim.


Causas, incidência e fatores de risco:

A nefropatia de refluxo ocorre quando há uma deficiência nos mecanismos que normalmente funcionam como uma válvula unidirecional entre os ureteres e a bexiga, o que permite que a urina reflua pelo ureter diretamente até o rim. Se a bexiga estiver infectada, ou a urina apresentar bactérias, isto expõe o rim à possibilidade de uma infecção (pielonefrite). Além disso, a pressão na bexiga geralmente é mais alta que a do rim, especialmente durante a micção. Isto expõe o rim a pressões particularmente altas, comprometendo-o com o passar do tempo por escaras cicatriciais.

O refluxo pode ocorrer quando os ureteres penetram apenas uma pequena distância para dentro da parede da bexiga, antes de se abrirem dentro dela. Normalmente a pressão da urina na bexiga mantém os canais bem fechados, porém, se os canais da parede da bexiga são curtos ou estão ausentes, a pressão dentro dela força a urina a refluir para o ureter.

O refluxo pode estar associado a outras condições, incluindo infecções vesicais, cálculos vesicais, obstrução da saída vesical, bexiga neurogênica, ureteres anormais, ou número anormal de ureteres.

A nefropatia de refluxo pode não apresentar quaisquer sinais óbvios. O refluxo geralmente é descoberto quando se realiza uma avaliação radiológica de uma criança com infecções vesicais repetidas ou suspeitas. Caso seja identificado o refluxo, os irmãos da criança também devem ser avaliados, visto que esta condição pode ter um histórico familiar.

O grau de refluxo, geralmente separado em cinco categorias diferentes, pode ajudar a determinar a forma como a condição deve ser tratada. O refluxo simples, sem maiores complicações, geralmente se enquadra na categoria de Grau I ou II.

A nefropatia de refluxo também pode ser ocasionada por tumefação temporária após um reimplante cirúrgico de ureteres durante um transplante de rim, ou em decorrência de trauma do ureter.

A nefropatia de refluxo ocorre em cerca de 1 em cada 1.000 pessoas, e por ser suficientemente grave, pode causar o distúrbio em aproximadamente 4 em cada 10.000 pessoas. A nefropatia de refluxo pode levar à insuficiência renal crônica e à doença renal em estágio final. Os sintomas podem não estar presentes se apenas um rim for afetado, ou podem ser os mesmos apresentados nas infecções do trato urinário, síndrome nefrótica, ou insuficiência renal crônica.

Os fatores de risco incluem um histórico pessoal ou familiar de refluxo, anomalias congênitas e infecções recorrentes do trato urinário.

Sintomas:
    * infecções do trato urinário feminino repetidas
    * uma única infecção do trato urinário masculino
    * dor no flanco, dor nas costas ou dor abdominal
    * freqüência ou urgência urinária aumentada
    * necessidade de urinar durante a noite
    * ardência ou dor aguda durante a micção
    * sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
    * sangue na urina
    * urina escura ou espumosa

Sintomas adicionais que podem estar associados a esta doença:
    * dificuldade para urinar
    * náusea e vômitos
    * anormalidades na unha
    * febre
    * calafrios

Obs.: O distúrbio pode ser assintomático.

Sinais e exames:

A pressão sangüínea pode estar elevada, e podem existir sinais e sintomas de insuficiência renal crônica.

Outros exames incluem:
    * pressão sangüínea
    * ultra-som renal
    * BUN sérico
    * creatinina sérica
    * clearance de creatinina
    * urina tipo 1 ou estudos de urina de 24 horas que apresentam níveis elevados de proteína urinária
    * cultura de urina que mostra infecção
    * varredura radionuclear pode mostrar refluxo vesicoureteral ou hidronefrose (distensão do rim por acúmulo de líquidos na pélvis renal)
    * IVP (pielograma intravenoso) que apresenta hidronefrose, um rim pequeno, ou escaras cicatriciais do rim
    * tomografia computadorizada abdominal, ultra-som dos rins ou do abdome que apresenta hidronefrose, refluxo, um rim pequeno ou escaras cicatriciais
    * um cistouretrograma de evacuação (VCUG) definitivamente diagnostica refluxo vesicoureteral

Tratamento:
O refluxo simples, sem complicações (denominado refluxo primário), inferior ao Grau III, pode ser tratado mediante:
    * observação cuidadosa
    * culturas de urina repetidas
    * antibióticos para evitar a infecção
    * ultra-som dos rins anual para acompanhar o desenvolvimento

Casos mais graves de refluxo podem requerer cirurgia, entre as quais estão:
    * reimplante ureteral
    * correção reconstrutiva

Expectativas (prognóstico):
Os resultados variam, e a maior parte dos casos de refluxo vesicoureteral desaparece espontaneamente. No entanto, os danos ao rim podem ser permanentes. Se apenas um rim estiver comprometido, o outro pode continuar funcionando adequadamente.

A nefropatia de refluxo pode ser a causa de até 20% dos casos de insuficiência renal em crianças e adultos jovens.

Complicações:

    * danos permanentes em um ou ambos os rins

    * insuficiência renal crônica se ambos os rins estiverem comprometidos

          – evoluindo para um doença renal em estágio final
    * infecção crônica ou recorrente do trato urinário
    * síndrome nefrótica
    * hipertensão
    * pielonefrite
    * escara cicatricial renal
    * refluxo persistente
    * obstrução do ureter depois de uma cirurgia

Solicitação de assistência médica:
Solicite assistência médica se aparecerem sintomas que sugerem uma nefropatia de refluxo.
Solicite assistência médica se houver uma redução da produção de urina, ou se aparecerem novos sintomas.

Prevenção:
Pode ser realizado o reimplante cirúrgico do(s) ureter(es) na bexiga, a fim de deter a nefropatia de refluxo. Isto diminui a freqüência e a gravidade das infecções do trato urinário.

O tratamento imediato das condições que causam o refluxo de urina para o rim pode evitar o desenvolvimento da nefropatia de refluxo.

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Nefropatia por Analgésicos

Nomes alternativos:
Nefrite por fenacetina

Definição:

Dano ao rim causado por superexposição à misturas de medicamentos, especialmente analgésicos de venda livre.

Causas, incidência e fatores de risco:

A nefropatia por analgésicos é um tipo de lesão tóxica dos rins. Normalmente é o resultado de ingestão prolongada ou crônica de analgésicos, especialmente os de venda livre que contêm fenacetina ou paracetamol, medicamentos antiinflamatórios orais e não-esteróides (AINEs), incluindo aspirina (veja salicilatos orais) ou ibuprofeno. A ingestão pode ter sido excessiva, com um consumo total de 2 kg (4 -5 libras) ou mais de medicamentos ingeridos em um período de alguns anos ou aproximadamente 3 comprimidos por dia durante 6 anos. Isso normalmente ocorre como o resultado da automedicação para algum tipo de dor crônica.

A nefropatia por analgésicos ocorre em 4 entre cada 100.000 pessoas, principalmente em mulheres com mais de 30 anos. A incidência diminuiu de maneira significativa, uma vez que a fenacentina não está mais disponível na maioria das preparações de venda livre. Os fatores de risco incluem o uso de analgésicos de venda livre que contêm mais de um ingrediente ativo, dor de cabeça crônica, dor nas costas crônica ou dor musculoesquelética, dor durante a menstruação, alterações emocionais e/ou comportamentais e história de comportamentos de dependência, incluindo fumo, o alcoolismo e o uso excessivo de tranqüilizantes. Pode haver também uma história anterior de infecção do trato urinário (veja ITU – aguda), nefrite intersticial, cálculos renais, azotemia pré-renal, insuficiência cardíaca congestiva ou depleção do volume sangüíneo (como a desidratação).

O dano ocorre nas estruturas internas do rim. Há nefrite intersticial e necrose papilar renal, que eventualmente conduzem à uma insuficiência renal aguda ou insuficiência renal crônica. O tecido do rim pode se desprender e cair na urina. Pode haver sangue e pus na urina, com ou sem cultura positiva ou outros sinais de infecção, e pode haver uma perda mínima ou nenhuma perda de proteína na urina.

Sintomas:
    * debilidade
    * fadiga
    * aumento da freqüência ou urgência urinária
    * sangue na urina
    * dor no flanco ou dor nas costas, cólica renal (ocasional)
    * redução da produção de urina
    * alerta diminuído
          – sonolência
          – confusão, delírio
          – letargia
    * diminuição da sensibilidade, entorpecimento (especialmente das extremidades).
    * náuseas, vômitos
    * hematomas ou sangramento fácil
    * inchaço generalizado

Obs.: Pode ser assintomática.

Sinais e exames:
Um exame pode não ser revelador, mas pode indicar nefrite intersticial ou insuficiência renal. A pressão sangüínea pode estar elevada. Pode haver sinais de sobrecarga de líquidos, incluindo sons anormais no coração e pulmões. O envelhecimento precoce da pele pode ser evidente.

    * uma triagem toxicológica da urina pode ser positiva para salicilatos
    * urina tipo I mostra glóbulos brancos e vermelhos
    * um hemograma completo pode demonstrar anemia com diminuição do número de glóbulos vermelhos
    * um exame histológico dos sedimentos ou tecidos encontrados na urina pode mostrar tecido papilar necrótico (morto)
    * um IPV (pielograma intravenoso) pode demonstrar necrose papilar (morte do tecido) ou papilas desprendidas na pélvis renal ou ureter

Tratamento:
Os objetivos primários do tratamento são prevenir maiores danos e tratar qualquer insuficiência renal existente. Todos os medicamentos analgésicos considerados suspeitos, especialmente os de venda livre, devem ser interrompidos.

Os sinais de insuficiência renal devem ser tratados de acordo com a extensão e a gravidade da insuficiência renal. O tratamento inclui alterações na dieta, restrição de líquidos, diálise, transplante de rim e outros tratamentos.

Aconselhamento, modificações comportamentais ou intervenções semelhantes podem ajudar no desenvolvimento de métodos alternativos do controle da dor crônica.

Expectativas (prognóstico):
O dano ao rim pode ser agudo e temporário, ou crônico e a longo prazo.

Complicações:

    * insuficiência renal aguda
    * insuficiência renal crônica
    * nefrite intersticial
    * necrose papilar renal (morte do tecido)
    * infecções do trato urinário, crônicas ou recorrentes
    * hipertensão
    * carcinoma das células de transição do rim ou ureter
    * carcinoma das células de transição da bexiga

Solicitação de assistência médica:
Solicite assistência médica se os sintomas indicarem a presença de nefropatia por analgésicos, especialmente se houver história do uso de analgésicos.
Marque uma consulta com seu médico se houver sangue ou material sólido na urina ou se houver redução da produção de urina.

Prevenção:

Siga as recomendações do seu médico ao utilizar medicamentos, inclusive os de venda livre. Não exceda a dose recomendada do medicamento sem a supervisão do seu médico. 

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Nefrite Intersticial

Nomes alternativos:
Nefrite alérgica intersticial aguda, nefrite túbulo-intersticial

Definição:
Distúrbio do rim causado por inflamação dos túbulos e dos espaços entre os túbulos e os glomérulos.

Causas, incidência e fatores de risco:
A nefrite intersticial envolve a inflamação dos espaços entre os túbulos renais e pode incluir inflamação dos túbulos. Pode ser uma lesão temporária, freqüentemente associada com os efeitos de vários medicamentos no rim ou pode ser crônica e progressiva.

A nefrite intersticial é uma das lesões associadas com a nefropatia por analgésicos e pode ocorrer como uma reação alérgica a um medicamento (nefrite intersticial alérgica aguda) ou como um efeito colateral de medicamentos. Os medicamentos comumente associados à nefrite intersticial incluem antibióticos tais como a penicilina, a ampicilina, a meticilina, medicamentos de sulfonamidas e outros. Outros medicamentos incluem os antiinflamatórios não-esteróides, a furosemida e os diuréticos tiazídicos. O distúrbio pode ocorrer em 15 ou mais dias após a exposição ao medicamento.

A nefrite intersticial provoca a redução das funções renais, desde uma disfunção moderada até uma insuficiência renal aguda. Aproximadamente a metade dos casos apresenta diminuição da produção de urina e outros sinais de insuficiência renal aguda. O rim pode não conseguir concentrar urina quando a ingestão de água é reduzida. O rim pode também falhar em regular o equilíbrio dos níveis de ácido/base do organismo, ao excretar de maneira inapropriada ácido pela urina. A acidose metabólica pode ocorrer devido a incapacidade de excretar ácido. O distúrbio pode progredir para uma insuficiência renal crônica ou uma doença renal em estágio final.

A nefrite intersticial é pouco comum, ocorrendo aproximadamente em 4 entre cada 100.000 pessoas. Os riscos incluem a nefropatia por analgésicos e a exposição a medicamentos que podem ter efeitos nefrotóxicos. O distúrbio é mais grave e com maior probabilidade de produzir dano aos rins crônicos ou permanentes em pessoas idosas.

Sintomas:
    * diminuição ou aumento da produção de urina
    * febre
    * alterações do estado mental, desde sonolência, passando por confusão até coma
    * náuseas, vômitos
    * erupções (algumas vezes)
    * inchaço do corpo em qualquer região
    * ganho de peso (por retenção de líquidos)
    * sangue na urina

Sinais e exames:
Um exame físico pode revelar edema ou sobrecarga de líquidos, ou sinais de depleção de volume, com sons anormais que podem ser ouvidos durante o exame com um estetoscópio (auscultação) do coração ou dos pulmões. A pressão sangüínea normalmente é alta.

    * urina tipo I mostra pequenas quantidades de proteína e algumas vezes glóbulos vermelhos, células tubulares renais e outras anomalias. A excreção de proteínas na urina não é tão grave como na síndrome nefrótica.
    * gravidade específica da urina e osmolalidade mostram que há falha na concentração da urina mesmo quando a ingestão de água é restringida
    * pH da urina pode mostrar uma falha em acidificar a urina apropriadamente.
    * gasometria do sangue arterial e análise bioquímica do sangue podem mostrar acidose metabólica
    * níveis de BUN e creatinina são empregados para avaliar os níveis de função renal
    * glóbulos vermelhos na urina mostram aumento dos glóbulos vermelhos indicando doença renal
    * biópsia do rim confirma o diagnóstico de nefrite intersticial e é usada para avaliar os danos aos rins.

Tratamento:
O tratamento tem como objetivo tratar as causas subjacentes e aliviar os sintomas. Evitar os medicamentos suspeitos pode desencadear o rápido desaparecimento dos sintomas.

A restrição de sódio (sal) e líquidos na dieta pode controlar o inchaço e a hipertensão. A restrição de proteína na dieta pode ser necessária para controlar a azotemia (acúmulo de resíduos de produtos da degradação do nitrogênio no sangue) que está associada à insuficiência renal aguda.

Se a diálise for necessária, geralmente é por pouco tempo.

Os corticosteróides ou medicamentos antiinflamatórios podem ser benéficos em alguns casos.

Expectativas (prognóstico):
Quase sempre, a nefrite intersticial é um distúrbio agudo mas de curto prazo. Em raras ocasiões pode causar dano permanente, incluindo insuficiência renal crônica.

Complicações:
    * insuficiência renal aguda
    * insuficiência renal crônica

Solicitação de assistência médica:
Marque uma consulta com seu médico se aparecerem sintomas que sugerem nefrite intersticial.
Se sofrer de nefrite intersticial, procure um médico se aparecerem novos sintomas, especialmente atividade mental reduzida ou diminuição da produção de urina.

Prevenção:
Em muitos casos não é possível prevenir o distúrbio. Evitar ou minimizar o uso de medicamentos associados pode ajudar a reduzir os riscos. 

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Nefropatia Membranosa

Nomes alternativos:
Glomerulonefrite extramembranosa, glomerulonefrite membranosa, GN membranosa

Definição:
Distúrbio do rim resultando na interrupção das funções renais devido à inflamação dos glomérulos e alterações na membrana basal glomerular.
Causas, incidência e fatores de risco:

Os glomérulos são as estruturas internas do rim que incluem pequenos capilares cercados por membranas através das quais o sangue é filtrado para formar a urina. A nefropatia membranosa é causada pelo espessamento da parede dos capilares da membrana basal glomerular (a membrana mais profunda) por complexos imunes. A causa é desconhecida. É uma das causas mais comuns de síndrome nefrótica, que é a forma mais comum da doença. Pode também aparecer como uma excreção assintomática de proteína na urina. A taxa de filtração glomerular (a “velocidade” de purificação do sangue) geralmente situa-se próxima ao normal e o exame do sedimento na urina pode ser normal ou mostrar gorduras em forma oval e cilindros gordurosos granulares, hialinos.

A nefropatia membranosa pode ser uma doença renal primária de origem incerta, ou pode estar associada com outras condições. Os riscos incluem distúrbios sistêmicos tais como hepatite B, a malária, os tumores sólidos malignos, o linfoma não-Hodgkin, o lúpus eritematoso sistêmico, a sífilis e outros. Os riscos também incluem exposição a substâncias ou medicamentos, incluindo ouro e mercúrio, penicilamina, trimetadiona, cremes para clarear a pele e outros.

O distúrbio ocorre em aproximadamente em 2 entre cada 10.000 pessoas. Também ocorre em qualquer idade mas é mais comum em pessoas com mais de 40 anos.

Sintomas:
    * edema (inchaço) em qualquer área do corpo, podendo ser generalizado
    * urina de aparência espumosa
    * ganho de peso (por retenção de líquidos)
    * perda de apetite
    * micção excessiva à noite
    * pressão sangüínea alta

Obs.: os sintomas variam e pode não haver nenhum sintoma, em alguns casos.

Sinais e exames:

Um exame pode não ser específico exceto para o edema. O exame de urina tipo I pode revelar proteína na urina e/ou sangue na urina (hematúria). A albumina sérica pode estar baixa. Os níveis de lipídeos no sangue podem aumentar. A biópsia do rim confirma o diagnóstico de nefropatia membranosa.

Tratamento:
O objetivo do tratamento é minimizar os sintomas e retardar a progressão da doença. Os sintomas podem ser tratados de diferentes formas. Os medicamentos variam. Freqüentemente, corticosteróides ou imunossupressores podem ser usados para reduzir os sintomas e a progressão do distúrbio, com resultados variados. Os medicamentos para tratar os sintomas podem incluir anti-hipertensivos e medicamentos diuréticos. Pode haver necessidade de antibióticos para controlar as infecções.

O tratamento do colesterol alto no sangue e dos triglicérides é recomendado para reduzir o aparecimento da aterosclerose secundária a uma síndrome nefrótica. A limitação na dieta de colesterol e gorduras saturadas pode ter efeito apenas limitado se os altos níveis de colesterol e triglicérides forem causados por superprodução por parte do fígado e não por ingestão excessiva de gorduras. Podem ser recomendados medicamentos para redução do colesterol e dos triglicérides.

As dietas altas em proteínas são de valores contestáveis. Em muitos pacientes, a redução do volume de proteína na dieta produz a diminuição da proteína na urina . Em muitos casos, uma dieta moderada em proteínas (1 grama de proteína por quilograma de peso corporal por dia) é geralmente recomendada. O sódio na dieta (sal) pode ser restringido para ajudar a controlar o edema. Pode haver necessidade de reposição de vitamina D se a síndrome nefrótica for crônica e não responder à terapia.

Expectativas (prognóstico):
As remissões e exacerbações podem ocorrem com ou sem terapia. O curso do distúrbio é muito variável. Remissão espontânea é possível, assim como os cursos variáveis das remissões (períodos sem sintomas) e episódios sintomáticos agudos. Entre 70 a 90% dos pacientes terão algum grau de danos aos rins irreversíveis dentro de 2 a 20 anos, com cerca de 20% progredindo para doença renal em estágio final.

Complicações:
    * síndrome nefrótica
    * insuficiência renal crônica

    * doença renal em estágio final

    * incidência aumentada de trombose na veia renal

Solicitação de assistência médica:
Marque uma consulta com seu médico se aparecerem sintomas que sugerem a presença de nefropatia membranosa, ou se os sintomas piorarem ou forem persistentes, se houver diminuição na produção de urina ou se aparecerem novos sintomas.

Prevenção:
O pronto tratamento dos distúrbios associados e evitar substâncias associadas pode reduzir o risco. 

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Nefropatia por IgA

Nomes alternativos :
Doença de Berger

Definição:
Distúrbio caracterizado por sangue na urina, causado por inflamação das estruturas internas do rim e por depósitos de anticorpos IgA no tecido mesangial do rim.

Causas, incidência e fatores de risco:
A nefropatia por IgA (doença de Berger) é uma forma de nefrite mesangial proliferativa. Ocorre a inflamação dos glomérulos renais e depósitos de IgA (um tipo de anticorpo) no rim. O distúrbio pode aparecer de forma aguda, progredindo rapidamente ou como glomerulonefrite crônica; ou como hematúria, (sangue na urina) visível ou microscópico.

A doença de Berger geralmente é descoberta após um ou mais episódios de sangue na urina ou urina escura, sem nenhum outro sintoma de distúrbio renal. O sangue na urina pode começar durante ou logo após uma infecção respiratória. Embora a síndrome nefrítica aguda ou a síndrome nefrótica (grupos de sintomas associados com a diminuição das funções renais) possam estar presentes, o distúrbio geralmente não afeta permanentemente as funções renais. Em ocasiões raras, ele pode progredir para insuficiência renal crônica.

Os fatores de risco incluem uma história pessoal ou familiar de nefropatia por IgA ou púrpura de Henoch Schonlein (uma forma de vasculite que afeta muitas partes do corpo e pode causar uma lesão no rim que é idêntica à lesão da doença de Berger).

A doença de Berger pode ocorrer em pessoas de todas as idades, mas afeta com maior freqüência pessoas do sexo masculino desde a adolescência até por volta dos 30 anos de idade.

Sintomas:
    * alterações na cor da urina
          – sangue na urina
          – urina escura, marrom ou cor de ferrugem
    *      episódios repetidos de sangue na urina ou urina escura

Sinais e exames:
Não aparecem alterações específicas no exame físico. Ocasionalmente, a pressão sangüínea pode estar alta ou pode haver inchaço (edema) do corpo.

    * urina tipo I mostra cilindros na urina de glóbulos vermelhos e sangue e pode também mostrar proteína e gorduras
    * biópsia do rim mostra depósitos de anticorpos IgA e confirma o diagnóstico
    * imunoeletroforese na urina mostra anticorpos IgA

Tratamento:

O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e prevenir ou retardar a insuficiência renal crônica.

Os medicamentos anti-hipertensivos e diuréticos podem ser receitados para controlar pressão sangüínea alta e edema. A medida mais importante para retardar o dano renal é controlar a pressão sangüínea. Pode-se restringir o consumo de sódio (sal) e líquidos para controlar o inchaço. Dieta baixa ou moderada em proteína pode ser recomendada.
Grupos de apoio:

O estresse causado pela doença geralmente pode ser aliviado por meio da participação em um grupo de apoio, onde os membros compartilham experiências e problemas em comum. Veja grupo de apoio para doença renal.

Expectativas (prognóstico):

A nefropatia por IgA progride lentamente. Em muitos casos, ela simplesmente não progride. A pressão sangüínea alta, grandes quantidades de proteína na urina e níveis elevados de BUN ou creatinina (exames de sangue que refletem as funções renais) indicam um risco alto para a progressão do distúrbio. Cerca de 25% das pessoas com nefropatia por IgA desenvolvem doença renal em estágio final dentro de aproximadamente 25 anos.


Complicações:

    * insuficiência renal crônica

    * doença renal em estágio final

Solicitação de assistência médica:
Marque uma consulta com seu médico se aparecer sangue na urina ou se ocorrer a diminuição da produção de urina.

Prevenção:
Não existe prevenção conhecida.