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O primero mês…

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Olá amigos. Eu já entrei no 6 mês de transplante e tudo esta muito bem, sei que estou devendo informações, então vou escrever mês a mês o que aconteceu, hoje sai o mês 01, se Deus quiser e os anjos do TCC me ajudarem, rsrsrsrs, quinta que vem eu escrevo sobre o mês 02, que foi o mais “interessante” dentre esses 6 que já passaram. Qualquer dúvida que tiverem em relação a algo que eu escrever aqui, podem comentar que eu respondo, ou se preferir me mandem e-mail (esta ali no menu ao lado).
Bom, minha internação durou 8 dias e se não fosse o emocional meio abalado, diria que tinha sido 100% perfeita.
Na primeira semana de alta já tive minha primeira consulta com a equipe de cirurgiões da urologia. O médico, super atencioso, viu minha perna e disse que era normal estar inchada (relatei sobre isso no post anterior), que conforme os dias passassem iria melhorar.
Nesta mesma consulta, ele já fez a solicitação da retirada dos pontos e do Duplo J, que seriam somente em 3 semanas.
Na semana seguinte, fiz o primeiro exame de sangue pós alta e passei na psicóloga. Lá foi uma reunião de transplantados, eu e mais 3 senhores também recém transplantados. O que pude perceber lá, que é a taxa de perda do enxerto é calculada meio errada, acho que a idade vai influenciar muito, porque os três senhores já na primeira semana deles estavam tomando os remédios de forma errada e já haviam esquecido de tomar pelo menos uma vez cada um. Ou seja, muitos aí comem bola, por isso o órgão acaba não durando tanto. Minha opinião.
Ainda na psicóloga, relatei que não estava me sentindo bem emocionalmente, que estava triste, não conseguia ficar feliz. E segundo ela, tinha grandes chances de ser algum dos imunossupressores, a principio não botei muita fé, já que estava triste um pouco antes do transplante. Porém, depois confirmei, já que assim que começaram a diminuir as doses, eu melhorei muito de humor.
Aproveitei que estava lá no hospital e resolvi passar no pronto socorro, a perna inchada não estava me agradando nada. Depois de um rolo enorme por falta de experiência minha no pronto socorro, eu fui atendida. O que o cirurgião disse na sexta anterior, eles confirmaram lá. Pés para alto e é normal ficar inchado e com o tempo iria melhorar. Fui para casa exausta, andar cheia de pontos na barriga era bem incomodo.
Ainda nesta mesma semana, passei na primeira consulta com a médica nefrologista que iria me acompanhar de agora em diante. Fiquei muito feliz, uma médica super atenciosa e preocupada com o bem estar do paciente, sem pressa de atender, tira todas as dúvidas, enfim, adorei. Ela aumentou a dose do diurético e disse que o inchaço da perna iria diminuir. A creatinina já estava em 1.39 e tudo estava dentro do esperado. O retorno seria na próxima semana.
O esquema ficou da seguinte forma, de segunda iria colher o sangue para na terça passar em consulta e na farmácia para retirar os medicamentos, já que toda semana os mesmos eram ajustados.
A semana seguinte a creatinina aumentou um pouquinho, mas nada significante, a médica ficou super feliz e tudo estava além da expectativa até, somente minha glicose que estava dando uma alterada, resultado disso, nada de açúcar na dieta.
Em casa as coisas eram um pouco mais difíceis no sentido de ter autonomia para levantar da cama, deitar na cama, ir para o banheiro (que acontecia a cada 2 horas, inclusive nas madrugadas). No total foram 21 pontos e como eles repuxavam um pouco, era difícil fazer alguns movimentos, mas nada era mais horrível do que espirrar, rsrsrs, parecia que todas tripas iriam para fora, rsrsrs. Isso porque eu segurava a cirurgia pra nada escapar, rsrsrs.
Estava ansiosa para retirar os pontos e ficar livre para me movimentar normalmente. Só que isso só aconteceu no inicio do segundo mês, então vai ficar para uma próxima postagem.
Completei o primeiro mês já com a perna desinchada e com as alterações de humor solucionada, que no meu caso era a Prednisona a culpada.
Medição do primeiro mês da Creatinina (pós alta hospitalar):
1- 1.39 (14/03)
2- 1.44 (21/03)
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Estenose Venosa… (Parte I)

Há quase um ano, comecei a sentir um pequeno incomodo no ombro direito, percebi que estava ocorrendo uma vascularização na região. O tempo foi passando e esse pequeno incomodo foi aumentando cada vez mais, até o momento em que apenas um fio de cabelo encostasse na região, desencadeava uma sensação bem desagradável. A clínica onde faço hemodiálise me encaminhou para o vascular deles, que fica próximo a outra clinica onde dialisava antigamente, e apesar de ter conversado com vários renais sobre esse vascular, e a opinião que recebi sempre foi negativa, aceitei ir nele mesmo assim, com a mente aberta.
Chegando lá, como praxe, encarei a sala de espera, e nela acabei cruzando com outra paciente que dialisa na mesma clinica que eu, e estava na sua segunda consulta com o vascular. Conversa vai, conversa vem, mais uma opinião negativa a respeito do Dr., tentei não pegar birra, mas absorvi todos os comentários para na hora da consulta avaliar melhor.
Chegou a hora da minha consulta, quando entrei no consultório uma enfermeira sentou do meu lado, havia ido até a consulta bem preparada, tinha feito 3 Holters, um do braço direito, outro do braço esquerdo e uma na região do ombro/pescoço. Logo que sentei já comecei a mostrar ao médico que a região incomoda estava vascularizada e tinha inclusive uma área saltada, como se fosse uma bolinha de gude por baixo da pele, e que era possível sentir inclusive frêmito da fístula por essa bolinha que esta na região da clavícula. O médico foi até simpático, mas me atendeu do outro lado da mesa e lá ficou até o final da consulta, tentei mostrar os Holters, ele simplesmente ignorou, olhou de longe a tal vascularização e a “bolinha de gude”, e disse que isso era porque a fístula havia desenvolvido muito, que era normal e eu teria que aguentar, ele não encostou um dedo em mim, deu seu parecer do outro lado da mesa e ainda ouvi a seguinte frase: “você tem apenas um acesso, e se perder, não é o fim do mundo, mas a contagem regressiva para ele vai começar”. Imaginem como fiquei desequilibrada, frustrada, e mais um monte de sentimento negativo, o pior de tudo, é que dentro de mim sabia que não era somente a fístula que havia se desenvolvido, tinha alguma coisa errada ali e eu tinha que identificar. Saí do consultório pior que entrei, ainda com o incomodo, sem nenhuma solução para o ele, e agora muito mais desanimada. Na clinica expus o que aconteceu, ligaram para o médico pedindo satisfação a respeito da minha consulta, e o mesmo disse para eles o que me disse, ou seja, que não tinha jeito que a fístula tinha desenvolvido demais. Eu pedi na clinica para passar com o vascular que fez minha fístula, mas não quiseram, inclusive cheguei a mostrar minha “Bolinha de Gude” para um dos donos da clinica, que optou pelo mesmo discurso do vascular e não autorizou a consulta, fiquei frustrada com a postura da clinica, onde ficou claro que nesse caso estava visando o $ e não o bem estar do paciente, mas até hoje, foi o único ponto em que essa clinica pecou comigo, pois ela é excelente (merece um post que irei escrever em breve também).
Minha opção foi tentar uma segunda opinião com um vascular do convenio, depois de seis meses entre consultas e exames, o vascular do convenio chegou a conclusão que não sabia o que estava acontecendo e me encaminhou para outro vascular que trabalhava no hospital que havia ficado internada (também merece um post), como odiei o atendimento hospitalar que recebi, eu resolvi correr desse vascular, minha terceira e ultima opção era tentar pagar uma consulta particular com o vascular que confio, mas acabei não precisando, o Dr. L conseguiu marcar a consulta pela clinica.
Entre o começo dessa complicação até o momento que eu consegui finalmente me consultar com o vascular certo, passaram mais de 12 meses, ou seja, um ano para tentar identificar o que estava acontecendo.

No próximo post escrevo com detalhes a continuação dessa saga.

Saúde e força,

Um forte abraço.

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Quinta-Cheia… Parte II

Eu resolvi escrever esse texto dias depois, para não se tornar um post emocional e sim um post racional.
A opinião deixada aqui não é generalizada, é apenas para aqueles onde a “carapuça servir”.

Todo ser humano, sem distinção de qualquer espécie, seja de  raça, cor, sexo,  língua, religião, idade, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou condição sócio-econômica, nascimento ou qualquer outra condição,  tem direito a um padrão de vida que lhe assegure saúde e cuidados médicos. Entende-se por saúde, não a ausência de doença,  mas  o  resultante  das  adequadas  condições  de  alimentação,  habitação, saneamento, educação,  renda, meio ambiente,  trabalho,  transporte, emprego,  lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. Este conceito amplo significa a garantia pelo Estado dos direitos sociais fundamentais de cidadania. Assim entendida, a saúde de uma comunidade não pode ser o resultado da atuação isolada de uma única profissão, mas sim das atividades multiprofissionais. A Medicina, enquanto profissão tem por fim a promoção, preservação e recuperação da saúde, e seu exercício é uma atividade eminentemente humanitária e social. É missão do médico zelar pela saúde das pessoas e da coletividade, aliviar e atenuar o sofrimento de seus pacientes, mantendo o máximo de respeito pela vida humana, não usando seus conhecimentos contrariamente aos princípios humanitários.


Para eu descobrir que meus rins pararam de funcionar, eu passei por mais de 15 médicos, onde todos eles me tratavam com antibióticos (veneno para os rins), pediam RX e me liberavam em seguida. A maioria sempre me atendia com pressa, como se o que eu estava sentindo não fosse importante ou não fosse verdade. Lembro que em uma das ultimas tentativas em obter um diagnóstico, eu cheguei a chorar dentro do consultório implorando para que o médico investigasse melhor meu caso, e ele até tentou, pediu uma ressonância magnética da coluna, onde só me chamaram para fazer quando estava já há 1 ano na hemodiálise (ou seja, quase 2 anos esperando ser chamada para o exame).
Após o diagnostico, eu passei por mais médicos ainda, incontáveis, o atendimento em sua maioria foi o mesmo, os médicos parecem ter um cronometro onde te deixa falar por 2 minutos,  então te interrompe, fala algo que você já sabe, você tenta argumentar que não é bem pra isso que você esta lá, aí você passa a ser desprezada e teorias do que você tem e/ou precisa são criadas em segundos, recebe uma receitinha médica e um “tchau”.
Pensando que o problema era eu, entrei no consultório com mãe, com irmão e o esquema continuou o mesmo, parece existir um fluxograma no atendimento ao paciente, eu vejo um médico robô e o medico deve me ver como mais um numero.
Quinta passada  tive que voltar a consulta com a Nefrologista do Hospital Brigadeiro, eu havia adorado o atendimento dela, tanto que ela também me atendeu no Hospital das Clinicas. Eu estava criando uma expectativa tremenda em cima dessa consulta, porque algumas coisas seriam definidas e eu tinha certeza que ela me ajudaria também em questões não relacionadas aos rins, me encaminhando ao lugar certo.
Havia chegado muito cedo no hospital, então fiquei ouvindo conversas, escrevendo algumas idéias e conversando com minha mãe, até que descobri que iria passar com outro médico, que a Dra. que me atendeu antes não iria estar lá. Fiquei desapontada, esse negocio de cada vez passar em um medico diferente e ter que contar tudo novamente, mesmo quando tem tudo descrito em seu prontuário é cansativo. Bom, apesar do desapontamento, ainda estava ansiosa, e até o momento, todos os médicos que havia passado no Hospital Brigadeiro foram extremamente gentis e preocupados em fazer o melhor.
Quando o medico chegou, havia apenas eu e mais uma paciente para passar com ele, fiquei tranquila, porque devido a isso, achei que o medico não iria correr na consulta.
Ao entrar no consultório, como previsto, eu tive que explicar tudo desde o começo, e quando informei que estava dialisando apenas 2x por semana e por 03h30min. a consulta acabou ali e virou um bate-boca com insinuações e desrespeito.

Segue o dialogo, lembro como se fosse hoje.
Médico: O que você fez para aprovarem você apenas 2x por semana?
Eu: Não fiz nada, meu medico decidiu isso por eu passar muito mal na hemodiálise.
Médico: Pode falar a verdade, você trapaceou.
Eu: Se lutar pela vida toda vez que eu dialisava era trapacear, então realmente eu o fiz.
Médico: Você sabe que passar mal durante a hemodiálise é praticamente normal, nem por esse motivo você tem que deixar de ir.
Eu: Eu tenho ciência disso, e nunca iria me prejudicar para ganhar um dia livre, quem vai em 2, vai em 3.
Médico: Não é bem assim, estamos falando de um dia inteiro livre dos sintomas da diálise.
Eu: E eu estou falando da minha vida.
Médico: Você é muito irresponsável por fazer hemodiálise 2x por semana e ainda por 03h30min, o correto são 3x pro semana por 4 horas.
Eu: Bom, eu vim aqui resolver outros problemas e não discutir a frequencia com que eu faço hemodiálise.
E mostrei a lista que havia feito, com sintomas, medicações que tomo e os resultados do PTH.
O medico simplesmente ignorou a lista, e falou que todos os sintomas são normais sem nem ao menos ler o que estava escrito, acontece que alguns sintomas que descrevi não são relacionados aos rins, ele nem se deu ao trabalho de ler.
Estava emocionalmente abalada e não conseguia nem me expressar mais, simplesmente o deixei falar, falar, falar, falar, falar… Eu não estava acreditando na postura do “profissional”, achei extremamente antiético receber acusações. O médico tirou conclusões a meu respeito sem me conhecer, era a primeira vez que ele estava me vendo. 
Após o deixar falar pelos cotovelos, eu peguei meus exames que estavam todos espalhados pela mesa onde ele analisou porcamente alguns deles e saí do consultório quase chorando.
Saí tão mal do consultório que voltei para casa passando mal, fiquei o resto da quinta passando mal e passei mal na sexta também, só me acalmei no sábado. Passei mal por nervoso, por frustração, por ser atendida por um cavernoso, que acha que tratar paciente deve ser como os homens das cavernas dos desenhos animados fazem para conquistar uma mulher, ou seja, com um porrete na cabeça.
Vale a pena estudar vários anos, varias horas por dia, para se tornar isso? Se alguém quer trabalhar com medicina deve amar incondicionalmente o ser humano, deve ter tato para lidar com as pessoas ou senão trabalhar com pesquisas, assim evita a fadiga de ter que tratar o paciente diretamente.
Se eu me proponho a fazer algo, eu quero fazer da melhor forma e ficaria envergonhada de fazer um trabalho porco, ainda mais se interferisse na vida de outra pessoa.
É triste passar por uma situação dessas, mas lamento ainda mais pelo médico, uma pessoa ignorante, só espero que um dia ele aprenda a tratar melhor seus pacientes.

Não são todos os médicos que são assim, conheço médicos maravilhosos, mas infelizmente na maioria, parece que os princípios giram em torno de dinheiro e interesses próprios, quando que para essa profissão, a essência da comunidade e da generosidade deveria ser superior ao materialismo.
Eu não faço idéia de como é a realidade dos médicos, não sei quais são as maiores frustrações, as maiores dificuldades, mas a partir do momento que escolheram tratar de outras pessoas, a postura profissional deve ser mantida independente da vida pessoal. Como citei, médico deve ter amor incondicional ao ser humano e deve tratar por igual seus pacientes, independente do histórico.


Conclusão: Seria melhor não ter pego chuva, nao ter esperado mais de 2h pela consulta e ter ficado em casa dormindo, pois não me ajudou em nada passar na consulta com esse médico, pelo contrario, só me atrapalhou.


Obs: Saí tão frustrada, que deixei o Ecocardiograma em cima da mesa do médico e só percebi na sexta, se ele não colocou o exame no meu prontuario, terei que fazer outra vez o Eco (se não aceitarem uma copia que tenho escaneada).
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Quinta-Cheia… Parte I

Neste momento estou com um caderno na mão escrevendo esse texto. Acabei de chegar no Hospital Brigadeiro, e acho que minha ansiedade em falar com a médica é tão grande que dentro do ônibus estava conversando a respeito com minha mãe e deveria estar falando alto e nem percebi, só sei que metade do ônibus estava me ensinando onde descer para chegar no hospital, isso sem eu pedir pois já sabia na verdade onde iria descer, mas foi valido, mostrou que brasileiro é solidário (e fica de orelha na conversa dos outros, hahahaha, brincadeira…).
São exatamente 11:50 e minha consulta esta marcada para as 14:45, cheguei cedo por ter vindo da sede do meu atual convênio, fui resolver alguns problemas e saí com soluções “meia-boca”, antes de passar na sede do convênio, eu fui na clinica onde eu faço hemodiálise pois estou com uma infecção urinaria que persiste há 4 meses, e os remédios via oral não ajudam mais, agora é somente antibiótico na veia, e para tomar esse remédio eu preciso ir por duas quintas até a clinica de hemodialise para algum enfermeiro me aplicar. O processo na clinica foi suave, cheguei praticamente no horário que dialiso normalmente, fiquei esperando achar meu prontuário, como não dialiso mais de quinta ele não estava na maquina como costuma ficar, assim que acharam fui medicada, saí da clinica e corri para uma padaria maravilhosa que tem lá perto e comi uma coisinha só para aguentar o resto do dia que promete ser corrido. Depois da padaria fui em direção a sede do convenio, e apesar de ser também perto, fiquei ensopada, pois no meio do caminho começou a chover muito. Como disse, no convenio não consegui soluções satisfatórias, o Sr. que me atendeu teve a capacidade de dizer que não era problema deles se eu costumava fazer exames em um lugar e agora eles não aceitavam mais esse convenio, ou seja, o problema é meu. Como minha preocupação maior estava na consulta que vem agora na parte da tarde, não quis estressar com isso, afinal é um período de adaptação, o convênio comprou a carta de clientes de outros 2 convênios e já não dava conta dos próprios clientes, enfim, acho até que já disse isso… Voltando, enquanto espero, estou analisando meu exame mensal que peguei na clinica e a boa noticia é que apesar de eu estar dialisando somente 2x por semana, os resultados vieram até um pouco abaixo do que estava nos últimos meses, o que foi uma boa novidade, a única coisa preocupante foi meu TGP que costumava ser de 10 esta em 130 e segundo o laudo, o exame foi repetido e confirmado, aí eu na minha paranóia, como não sei o que causou a falência dos meus rins, estou aqui pensando “será que tenho alguma doença que ataca vários órgãos e agora esta atacando o fígado?”, resultado, estou mais ansiosa que antes pela consulta.
Devido minha memória estar um pouco ruim e eu sempre que entro em um consultório esqueço pelo menos metade do que gostaria de falar, digitei uma folha, que parece ate com um “currículo de paciente“, onde listei todos os sintomas que ando tendo, relacionados e não relacionados à doença renal, coloquei a lista de medicamentos e a famosa tabelinha com todos os resultados do PTH. Eis a folhinha:

Alguns dados estão borrados por serem pessoais, só estou deixando aqui de exemplo, aí quem tem o mesmo problema que eu, e sai de uma consulta sempre esquecendo algum detalhe, é só fazer uma dessas, eu não sei o que a medica vai pensar ao ver tudo listado, mas vai ser assim, pelo menos consigo discutir tudo que preciso.

Ficar na sala de espera de um hospital que esta especializado a atender pacientes pré/pós-transplante é muito interessante, você sempre conhece alguém com situação semelhante a sua, acaba escutando sua própria historia na boca de outra pessoa. Ainda assim, apesar de existir tantas coisas em comum, sempre existem detalhes diferentes e você vai embora com alguma coisa nova, sempre existe algo para você aprender sobre sua própria doença, ninguém fica 100% ciente das coisas.

Escrevi… Escrevi… Escrevi… E agora vou ter que passar pela triagem e tirar pressão, pesar, etc…
Continua depois…
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Hospital das Clinicas…

O Hospital das Clinicas de São Paulo é o maior e mais importante complexo médico-hospitalar da América Latina, sendo referencia internacional em diversas áreas. É praticamente uma cidade da medicina, onde você encontra todo o tipo de tratamento, especialista, etc.
Para ter acesso ao complexo você precisa ser encaminhado por outras unidades de saúde ou residir na região de Pinheiros. No meu caso, fui encaminhada pela clinica onde dialiso para investigar minhas dores.
Quando fui a primeira vez me assustei com a quantidade de pessoas, pensei comigo: “Quanta gente doente!”, é inacreditável como é cheio, tanto de pacientes como equipe médicas, eu nunca vi tanta pessoa de branco na vida, e graças a Deus não tenho mais a síndrome do Jaleco Branco, rsrsrs…
Apesar de ser cheio e um pouco confuso, – quando você entra no prédio principal você esta no 4° andar -, o complexo funciona muito bem, o atendimento é muito bom, os profissionais são bem treinados e a espera é razoável, compatível com a quantidade de paciente.
Pelo que percebi as consultas/retornos são geralmente de 3 em 3 meses e os exames são feitos nesse intervalo.
Eu fiquei um bom tempo sem escrever aqui pois estava na correria de exames e consultas, nesse tempo ausente eu fiz mais 2 ultrasom das paratireóides, 2 cintilografias das paratireóides e 2 exames de sangue, sendo cada exame feito uma vez no Hospital das Clinicas e também no Hospital do Transplante.
Os resultados do Hospital das Clinicas eu não tive acesso, pois os exames ficam presos no prontuário, os do Hospital do Transplante eu coloco aqui outra hora.
A primeira consulta foi apenas para abrir o cadastro no hospital, não fui examinada nem nada, a Dra. V. J. especialista em hiperparatireóidismo me deu as guias dos exames. Depois com os exames prontos, fui para a consulta de verdade mesmo, e para minha surpresa, quem me atendeu foi a mesma médica que me atende no Hospital do Transplante, foi muito engraçado. Ela e a equipe dela são extremamente atenciosos, tiraram algumas duvidas, mas no final se preocuparam mais com meu fígado do que com as paratireóides, tanto que terei que fazer um ultrasom de abdômen total para verificar o funcionamento do fígado. 
Para o tratamento do PTH que lá acusou estar em 700, eles pediram para eu tomar duas ampolas de Calcijex e Vitamina D3 e caso não melhore minhas dores, eu vou entrar na fila para fazer uma paratiroidectomia (em breve explico isso).
Vou ser honesta, eu esperava mais, por exemplo, um estudo dos meus ossos, ou até mesmo uma internação para investigar tudo de uma vez, mas não é somente eu que estou com esse problema, muito pelo contrario, tem MUITA gente com o mesmo problema que eu, resta eu esperar mais três meses para ver o que vai acontecer. O Cloridrato de Cinacalcet – Sensipar (medicamente que reduz o PTH) esta chegando no Brasil, talvez seja uma forma de eu resolver esse problema sem a necessidade de operar.
Para finalizar, assim como o Hospital do Transplante, o tratamento do HC é excelente, gostei muito e parabenizo todos que lá trabalham.
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Hospital do Transplante (Brigadeiro)

O Dr. O. me encaminhou para o Hospital do Transplante de São Paulo (antigo Hospital Brigadeiro), para uma consulta com uma Nefrologista que é especialista em tratar pacientes renais com o PTH alto. Logo que saí da hemodiálise na quinta passada (2/12) eu fui para o hospital, cheguei era 10h30min aproximadamente, mas como a Dra. só chegava depois das 13:00, eu fiquei vagando pela Paulista com minha mãe até chegar a hora da consulta.
Quando chegou o horário, fui encaminhada para o primeiro andar, para esperar pela Dra. mas por ficar andando pela Paulista, estava com tanta dor nos joelhos que deixei minha mãe encarregada de ir atrás da medica, rsrs, não demorou muito, a medica chegou e eu fui a primeira a ser atendida.
Gostei do atendimento do Hospital, da Dra., dos funcionários em si, o hospital é organizado e não é tumultuado. Saí do consultório com varias guias para exames e com algumas boletas (pedidos de consultas). Praticamente tudo que tiver que fazer, vai ser feito no próprio hospital, menos a cintilografia das paratireóides, que vou ter que fazer em outro lugar, mas o ultrasom, exame de sangue, consulta com a equipe de cardiologia, com o anestesista, é feito no próprio hospital. A Dra. solicitou uma bateria de exames,para ver se vai ser mesmo necessário fazer a operação das paratireóides.
Minhas consultas e exames ficaram para fevereiro, praticamente o mês todo vou bater cartão no Hospital do Transplante, rsrs, mas não reclamo, o que importa é melhorar.
Eu fiquei sabendo de um novo medicamento que esta para ser aprovado aqui no Brasil, onde vai fazer com que a operação das paratireóides não seja mais necessária, mas a questão é quando vão liberar esse remédio? Alguns pacientes até já estão importando ele só para não ter que passar pela cirurgia, eu ainda não me informei direito, mas vou comentar com meus médicos a respeito, pois sou muito mais tomar remédio do que ir para faca, mas quem vai definir isso são meus médicos não sou eu.
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Vivendo…

Faz tempo que não escrevia aqui e não foi por falta de novidade, pelo contrario, é que final de ano sempre tem correria e agora com o tratamento, eu estou enlouquecendo de tanta coisa que tenho/quero fazer e não consigo tempo e às vezes pique para concluir.
Entrei em uma maratona de consultas, quero ter um balanço de ano em ano de como meu corpo esta reagindo a tudo isso. No momento já passei no oftalmo, ortopedista, neuro e reumato (que ainda retorno para consulta) e ainda tenho consulta com o gastro, com o cardio, com o gineco, com o otorrino, com o dermato… ufa, acho que é “só” isso, rsrsrs…
Desde que comecei a fazer hemodiálise, minha miopia aumentou 1,00, pois antes eu tinha 0,75, agora estou com 1,75, também estou notando que minha audição esta um pouco diferente, por isso estou querendo passar no otorrino. O restante dos especialistas é apenas para fazer uma manutenção mesmo.
Ultimamente meu humor esta muito instável, vou do feliz ao furiosa em questão de segundos e o contrario também acontece. Eu estava lutando para não tomar remédio para controlar a ansiedade, mas já deu, eu acabei cometendo uma rebeldia comigo mesmo, então pedi socorro pro Dr. L, que me receitou um remédio para ajudar com toda essa instabilidade.
Vou escrever separado sobre algumas coisas que aconteceram esses dias.
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UBS…

Aqui perto de casa tem uma UBS, onde de ano em ano, você consegue marcar uma consulta (Obrigado Kassab por ser tão competente, NÃO!), mas dei meu famoso jeitinho brasileiro, e consegui um encaixe em uma consulta com o clinico, pois precisava da assinatura de um medico do SUS para fazer meu cartão da SPTrans.
Aproveitei que estava lá e pedi encaminhamento para um nutricionista e pedi também uma receita para tirar gazes/luvas/soro para ajudar no curativo do cateter, já que às vezes eu troco em casa.
Por um milagre, ou por dó da medica, eu consegui tudo, rsrs, coisa rara em uma UBS.
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Endocrinologista…

Meu PTH esta muito alto, e como andei pesquisando na internet, esse PTH tem ligação com alguma coisa da tireóide, eu marquei o endócrino, pois meu medo maior é câncer na tireóide, rsrs
Fui, a medica explicou, que na verdade é PTH mede o nível do hormônio da Paratireóide, e que em casos mais graves é preciso operar para remover essas glândulas e implantar apenas uma no braço, e que câncer de paratireóide só aconteceu três vezes em todo o mundo, pra eu não me preocupar, rs.
Ela foi bem atenciosa, uma pena o consultório dela ser longe, pois gostaria de fazer o tratamento com ela.
Eu que sempre tive hipotireoidismo (diagnosticado desde os meus 15 anos), agora nos meus exames não acusam mais, e isso esta me intrigando, pois hipotireoidismo é crônico, não deveria sumir assim.
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Nefrologista…

Fui em um Nefrologista do convenio, para ter uma segunda opinião e tentar um acompanhamento por fora da clinica, mas o Dr. que me atendeu é muito desinteressado, não deu muita informação nova, deixou claro que não queria assumir esse compromisso (?!) e que os médicos da clinica que são meus responsáveis (?!). Enfim, profissional dispensável.
A intenção era ter um acompanhamento por fora, justamente para que eu não ficasse dependente apenas da clinica, que se eu quisesse pedir transferência para uma clinica mais próxima, eu poderia e ainda assim manteria um acompanhamento de qualidade, mas o Nefrologista do convenio me decepcionou.