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A tal da diabetes 2…

Olá amigos, espero que todos estejam bem. Vou começar os relatos de sequelas que apareceram no 3º ano do transplante.

Um belo dia acordei com a visão extremamente embaçada, havia passado uns dias de nervoso extremo, a ponto de ter inúmeras noites de insônia e falta de apetite. Fui ao banheiro e percebi a urina um pouco mais escura do que o normal, minha visão estava extremamente embaçada e não conseguia ver direito como minha urina estava de verdade. Como na época ainda morava com meus pais, pedi para minha mãe olhar e ver se estava normal e ela disse que estava fosca.

Como tenho um pai diabético, juntei 1+1 e concluí que minha glicose estava alta. Fui medir no aparelho dele e deu HI (quando passa de 600, o aparelho nem consegue mais medir). Corri para o pronto-socorro do HC que ainda atendia os pacientes na porta, fiz exame de sangue e minha glicose estava em incríveis 741. Já havia tomado insulina regular antes do exame sair, porque no aparelho deles também acusou HI. Assim que chegou esse resultado, tomei 2 bolsas gigantes de soro e mais insulina, já estava em cetoacidose diabética, fui pesquisar o que era essa tal cetoacidose e vi que é quando a glicose está tão alta que o organismo começa a produzir cetonas, que são substâncias ácidas que modificam o pH do sangue, podendo levar ao coma e, posteriormente, até o óbito.

Fiquei algumas horas no pronto-socorro, e conseguiram fazer descer minha glicose, e me deram alta já com insulina prescrita e que eu relatasse para minha médica do transplante para que ela decidisse a conduta, que aconteceria uma semana após esse corre ao PS.

Na consulta com minha médica, ela decidiu fazer um exame chamado de curva glicêmica. Pensem em um exame delicioso (contém ironia), onde você bebe uns 300 ml de um líquido tão doce, tão doce, que é extremamente difícil engolir e dá uma ânsia danada. E era para voltar em duas semanas.

O exame concluiu que estava com resistência à insulina e que eu me enquadraria numa pré-diabetes. Ela decidiu tentar controlar essa glicose com medicamento e, até que por uns meses deu certo.

A bomba emocional que mencionei no post anterior aconteceu e isso ocasionou um dominó de horrores comigo.

Mais uma vez, a glicose subiu absurdamente e foi ficando cada vez pior conforme os dias iam passando, até que foi batido o martelo: estava com diabetes 2, e pensem numa comorbidade chata de lidar. Meu organismo é revoltado e até hoje o controle dessa danada me dá trabalho, e eu estou falando de 4 anos após o diagnóstico.

No atual momento, às vezes preciso controlá-la com insulina o que é bem chato. Encontrei uma  endocrinologista maravilhosa que vem me ajudando a traçar a melhor estratégia para lidar com essa &¨%**%$ de doença. No momento, gasto muito dinheiro em remédios por mês apenas por causa dessa “belezinha”. Não está fácil e é atualmente o que mais vem atrapalhando meu tratamento.

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