Tem mais de 3 meses que não atualizo o Casos Renais…
Tem mais de 3 meses que não entrava em redes sociais…
Tem mais de 3 meses que não respondo nenhum contato virtual…
A “depre” me pegou de jeito.
Quando eu fiz esse blog, não foi para valorizar as dificuldades da doença, foi para mostrar para as pessoas, que mesmo com ela, ainda existe muita vida. Eu andei lendo alguns posts antigos e fiquei pensando “cadê esse otimismo?”, eu não sei como, mas parece que de uma só vez, eu perdi força/esperança/vontade. E como uma alcoólatra, eu não assumia meu problema, não queria de jeito algum assumir que estava em depressão. Eu havia jurado que ela nunca iria me pegar de novo (é, já havia passado por isso antes, muito antes de ficar doente renal), assumir que estava novamente com depressão era assinar um atestado de derrota, e por mais triste que estava (ou estou?), eu queria aparentar que não estava, mesmo não tendo força para mascarar os sintomas.
Bom, após lutar para não assumir o problema, eu desisti e resolvi encarar os fatos, estava depressiva.
Confesso que não sei o que desencadeou essa tristeza mortal, só sei que ela existe e é tão forte que imaginem, se é difícil sair da cama e andar alguns metros para tomar um café, qual o tamanho da dificuldade em ir para uma hemodiálise? Juro, eu pensei muitas e muitas vezes em desistir do tratamento, não pelo tratamento em si, mas porque só o fato de sair da cama já é um imenso sacrifício.
Quando eu resolvi assumir a tal da depressão, vieram os remédios, no qual até agora não vi fazer efeito, e honestamente, não acredito muito no poder de remédio nesse caso, eu acho que tem que vir de nós mesmos a vontade de melhorar e lutar para bloquear ou ao menos desviar pensamentos que não vão nos levam a lugar algum. Mas, cadê essa força?
Eu não sei bem o que escrever, mas acho que devia satisfação para quem acompanha o blog.
A idéia é continuar escrevendo, mas para ficar escrevendo bobagens, é melhor dar um tempo, tentar melhorar dessa porcaria de depressão para depois voltar a escrever aqui, pois uma coisa é você escrever sobre a doença sendo realista, outra é você escrever sobre a doença estando triste. A tristeza faz o ruim se valorizar, eu quero mostrar a realidade e não ser uma “Nelson Rubens” da IRC.
Eu tenho muita coisa para escrever sobre a doença, noticias de estudos, medicamentos que estão para entrar no mercado que vão melhor muito a qualidade do renal crônico, além de contar as várias “aventuras” que passei na clinica e fora dela também.
Eu atualizei os resultados dos meus exames mensais, agora esta em dia, assim que conseguir eu atualizo a minha evolução mensal também.
Um beijo para todos e desculpem por não ter respondido nenhum contato, vou tentar dar um jeito nisso.
Ana ou Paula não sei como prefere ser chamada, tenha fé e esperança, sou tranplantado renal desde 99, hoje estou casado a quase 2 anos e um filho de quase 4 meses.Sei que não fácil mas eu sempre tive comigo que eu tinha que passar por isso e nada me deixaria triste.Deus te abençoeMarcelo
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Ola.Eu tenho 26 anos e faço dialise peritoneal e ha um ano que tb aguardo um rim.Te
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Olá Marcelo, pode me chamar como quiser, eu nao tenho frescura ^^, obrigada pelas palavras. Parabens pelo filhote 🙂 Isso é um bom exemplo que a vida continua SEMPRE. Obrigada mesmo. Fica com Deus.
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Joana, estou torcendo para que logo você receba um rim e depois disso, VIDA NOVA 🙂
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Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.Salmos 23:4Olá Ana boa noite, eu li junto com minha esposa este relato da sua incerteza e insatisfação com alguns profissionais da saúde, e como bom cristão católico “sem preconceito com as outras relig…” pensei neste salmo que eu traduzo como”Se é uma maquina, que prolonga nossa frágil vida que se dane o homem que pensa que é mais importante que ela”, abrace seu tratamento nunca desista, nunca desista, DEUS esta sempre conosco uma hora desta isso tudo é passado, e você vai ser a “menina mais feliz da sua rua”.DEUS te guarde… Arnaldo
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