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Anemia na Insuficiência Renal

A anemia é freqüentemente observada em pacientes com insuficiência renal crônica, sendo responsável por grande parte das queixas desses pacientes. A anemia, quando não tratada, está associada a diversas complicações, dentre elas, as doenças cardíacas. O coração do paciente com anemia tem que “trabalhar” mais, e esse excesso de trabalho pode levar ao desenvolvimento ou à piora das doenças cardíacas. Informe-se! com seu médico sobre essas possiveis complicações. Outras complicações, tais como atraso no crescimento em crianças, disfunções sexuais, diminuição da capacidade de realizar exercícios, diminuição da defesa do organismo (imunidade), estão também associadas à presença de anemia. Desse modo, se você estiver sentindo cansaço aos esforços, indisposição, fraqueza ou tontura, comunique seu médico.

Qual a relação entre o rim e a anemia?
O rim produz um hormônio chamado eritropoetina (EPO), que estimula a produção de glóbulos vermelhos do sangue. O mau funcionamento dos rins diminui a formação desse hormônio, causando anemia.  Para que os glóbulos vermelhos sejam formados corretamente, outros elementos, tais como vitamina B, ácido fólico e principalmente o ferro, devem estar presentes em quantidades corretas, pois são a “matéria-prima” para a “construção” do sangue. Além disso, existem outros fatores que contribuem para o aparecimento ou piora da anemia, tais como perda de sangue, infecção, hiperparatiroidismo e diálise inadequada, entre outros. Avise seu médico sempre que tiver qualquer perda de sangue nas fezes, na diálise ou quando menstruar. É importante que você e seus familiares saibam que a diminuição de eritropoetina e de ferro é a principal responsável pela anemia de quem faz diálise.

Quando tratar a anemia?
A anemia é detectada quando os níveis de hemoglobina e hematócrito estão baixos. Esses exames são realizados obrigatoriamente nas Unidades de Diálise todos os meses. Os pacientes em diálise devem manter a hemoglobina entre 11 e 12 g/dl; e o hematócrito entre 33% e 36%. Pacientes com níveis inferiores a esses devem ser tratados. Entretanto, é importante lembrar que alguns pacientes não apresentam anemia e, portanto, não precisam de tratamento. Procure acompanhar os resultados de seus exames, assim você poderá entender e participar ativamente do seu tratamento.

Como tratar a anemia?
O tratamento da anemia deve ser feito com a reposição de eritropoetina, ferro, complexo B e ácido fólico. Sua participação é fundamental para o sucesso do tratamento. A dispensação de eritropoetina e do ferro endovenoso é rigorosamente controlada pela Secretaria da Saúde. Cada região do país tem um processo para liberar esses medicamentos aos pacientes com indicação de usá-los. O processo de liberação tem validade de apenas três meses, por isso, deve ser sempre renovado pelo médico responsável por sua diálise. Procure informações na sua Unidade de Diálise sobre como e onde receber essas medicações. A reposição de eritropoetina, na maioria das vezes, é feita por via subcutânea, conforme a prescrição do médico. Em algumas situações especiais esse medicamento pode ser administrado por via endovenosa (na veia).  Existem atualmente no Brasil dois tipos de eritropoetina. Você deve ter muito cuidado com o armazenamento dessas medicações, pois uma delas deve ser conservada em geladeira. E não esqueça que para levar essa eritropoetina de casa para a Diálise, você deverá colocá-la em um isopor com gelo. Se necessário, tire suas dúvidas com o seu médico ou com a enfermeira. Em pacientes que fazem hemodiálise, a necessidade de reposição de ferro é geralmente grande, devendo ser feita preferencialmente por via endovenosa. A utilização de comprimidos de ferro não é indicada, pois tomar muitos desses comprimidos pode causar irritação no estômago (gastrite) e obstipação intestinal. Nos pacientes em diálise peritoneal (CAPD ou APD), a necessidade de ferro é menor e, eventualmente, eles podem se beneficiar do uso de comprimidos de ferro. Não fique surpreso ou preocupado se seu médico suspender ou diminuir a dose de eritropoetina temporariamente. Quando a hemoglobina e o hematócrito estiverem acima do recomendado, alguns problemas, como trombose de fístula, piora da eficiência da diálise e hipertensão, podem ocorrer.  O uso do ferro também pode ser suspenso quando a reserva do ferro no organismo estiver alta. Além disso, sugere-se suspender o ferro na presença de infecção. O complexo B e o ácido fólico devem ser tomados diariamente. Além de serem importantes para a produção de sangue, essas vitaminas também ajudam a evitar doenças do coração. Lembre-se de tomá-las. Como você viu, várias complicações da insuficiência renal estão associadas à presença da anemia. Mas agora você sabe que existe um tratamento eficiente e como sua participação é importante. Tratando corretamente a anemia você sentirá maior disposição para o trabalho e estudos, para caminhar ou mesmo fazer exercícios. Você terá também diálises mais tranqüilas e com isso comerá e dormirá melhor. Não esqueça: o tratamento correto da anemia melhora muito a sua qualidade de vida.

Fonte da informação: http://www.inteligentesite.com.br

Nota Pessoal:

Em algumas clinicas, a eritropoetina e outros medicamentos de alto custo são armazenados na própria clinica, não existindo a necessidade do paciente transportar a medicação para clinica, o que facilita e garante a qualidade do medicamento, pois devem ser mantidos em temperatura  e ambientes adequados e às vezes no transporte casa/clinica o remédio pode perder a qualidade por ser mal armazenado.

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